O ano de 68 foi marcado pelas revoltas de movimentos estudantis, pela forte ditadura militar, pela morte de várias personalidades importantes na época que hoje vemos como heróis. Más não podemos deixar de falar que surgiram alguns filmes que retrataram um pouco do que ficou de 1968. Desde então, o cinema revisita o fervor daquele maio e o esvaziamento do movimento que se seguiu. Esse sentimento de sonho perdido está presente no longa-metragem “La maman et la putain” (A mãe e a prostituta) dirigido por Jean Eustache, que venceu o grande prêmio do júri de Cannes em 1973. O tema também foi abordado por Louis Malle em “Loucuras de uma primavera” (“Milou en Mai” no original). No filme, o cineasta retrata a revolta de 68 num tom de comédia e aposta numa leitura. Philippe Garrel, que havia dedicado o documentário experimental “Les hautes solitudes” ao maio de 68, voltou ao assunto recentemente, em 2005, no longa-metragem “Amantes constantes” (“Les amants reguliers”). O curioso foi que o filho do cineasta, Louis Garrel, que encarnou o protagonista de “Amantes constantes”, estrelou também “Os sonhadores”, de Bernardo Bertolucci, um retrato romântico da revolta estudantil da mesma época.
( Cena de "Amantes constantes", em que Philippe Garrel reavalia maio de 1968 )
( "Sonhadores", de Bernardo Bertolucci, faz um retrato romântico das revoltas )
Postado por: Cristiano Oliveira